O status de vítima no Tribunal Penal Internacional: a importância de uma perspectiva comunicativa

AuthorGiovanna María Frisso
PositionProfessora do Departamento de Direito do Instituto de Ciências da Sociedade da Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro
Pages133-151
133 ANIDIP, Bogotá, ISSN: 2346-3120, Vol2, pp. 133-151, 2014
O status de vítima no Tribunal Penal
Internacional: A importância de uma
perspectiva comunicativa
The Status of Victim in the International
Criminal Court: the Importance of a
Communicative approach
El estatus de víctima en el tribunal penal
internacional: la importancia de una
perspectiva comunicativa
Giovanna María Frisso*
Fecha de recepción: 30 de noviembre de 2013.
Fecha de aprobación: 15 de mayo de 2014.
Doi: dx.doi.org/10.12804/anidip02.01.2014.05
Para citar este artículo: FRISSO, G., “O Status de vítima no Tribunal
Penal Internacional: A Importância de uma Perspectiva Comunicativa”,
Anuario Iberoamericano de Derecho Internacional Penal, ANIDIP,
vol. 2, 2014, pp. 133-151. doi: dx.doi.org/10.12804/anidip02.01.2014.05
Resumo
Este artigo analisa o reconhecimento do status de vítima pelo Tribunal Penal In-
ternacional a partir de uma perspectiva comunicativa. Parte - se do pressuposto
de que a vítima pode contribuir para uma decisão que venha a ser racionalmente
aceita por todos os envolvidos no processo penal internacional, bem como para a
adequada censura do comportamento praticado. No entanto, o impacto positivo da
participação da vítima depende da manutenção da lógica interna dos processos de
argumentação que ocorrem nos processos penais internacionais e do devido respeito
aos direitos do acusado. O necessário reconhecimento de que, perante o Tribunal,
as vítimas e os acusados são juridicamente iguais requer a armação do potencial
restaurativo das decisões sobre o status vítima. Neste contexto, este artigo argumenta
* Professora do Departamento de Direito do Instituto de Ciências da Sociedade da Universidade
Federal Fluminense, Rio de Janeiro. Este artigo resulta de pesquisa realizada durante o doutorado na
Universidade de Nottingham. Gostaria de agradecer o apoio de meus orientadores, Professor Dirk Van
Zyl Smit e Sandesh Sivakumaran, bem como as contribuições dos painelistas nacionais e internacionais
do II Concurso Concurso “Blattman, Odio Benito e Steiner“ de artigos sobre Justiça Penal Internacional,
em particular as sugestões do Professor Héctor Olasolo.
134 ANIDIP, Bogotá, ISSN: 2346-3120, Vol2, pp. 133-151, 2014
Giovanna María Frisso
ser necessária a distinção entre as decisões sobre o status de vítima e as decisões sobre
a participação das vítimas.
Palavras chave: Vítimas, vitimização, Tribunal Penal Internacional, restauração,
participação.
Abstract
is article examines the recognition of the status of victim by the International
Criminal Court from a communicative perspective. It assumes that the victim can
contribute to the achievement of decisions that can be rationally accepted by all
those engaged in the international criminal process, as well as to the censorship of
the criminal conduct. Nonetheless, the positive impact of the victims´ participation
relies on the maintenance of the internal logic of the argumentation processes that
take place in the international criminal processes and the due respect of the rights
of the accused. e necessary recognition that, before the International Criminal
Court, the victims and the accused are equal requires the acknowledgement of the
restorative potential of the decisions related to the status of victims. In this context,
this article argues that it is necessary to distinguish the decisions on the status of
victims from the decisions on their right to participate.
Keywords: Victims, victimization, international criminal court, restorative
potential, participation.
Resumen
Este artículo examina el reconocimiento de la condición de víctima por el Tri-
bunal Penal Internacional desde una perspectiva comunicativa. Partiendo del
presupuesto de que la víctima puede contribuir para que una decisión pueda ser
racionalmente aceptada por todos los involucrados en los procesos internaciona-
les penales, así como para la censura de la conducta practicada. Sin embargo, el
impacto positivo de la participación de las víctimas requiere la manutención de la
lógica interna de los procesos de razonamiento que se producen en los procesos
internacionales penales y el respeto de los derechos de los acusados. El necesario
reconocimiento de que, ante el Tribunal, las víctimas y los acusados son jurídica-
mente iguales requiere la armación del potencial restaurador de las decisiones so-
bre el estatus de víctima. Este artículo sostiene que es necesaria la distinción entre
las decisiones sobre la condición de víctima y las decisiones sobre la participación
concreta de las víctimas.
Palabras clave: Víctimas, victimización, Tribunal Penal Internacional,
restauración, participación

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